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👮‍♂️É ilegal vender seguidores, likes e publicar reviews falsos?

Em outubro, a FTC (Federal Trade Commission) multou o empresário Calas Jr da Flórida em 2,5 milhões de dólares pela venda de "indicadores falsos de influência de social media", enquanto também emitiu um aviso à Sunday Riley, que terá escrito críticas falsas sobre os produtos da sua própria empresa no site da Sephora e também ordenou que os seus funcionários fizessem o mesmo.


Ambos os casos podem ter implicações significativas para o mercado digital a nível mundial. No primeiro, Calas, responsável de uma empresa chamada Devumi, recebeu uma multa significativa.


Devumi foi alvo de uma grande investigação do New York Times no ano passado, que descobriu que a empresa estava a vender likes e seguidores a várias celebridades e influenciadores para aumentarem a sua presença.


Conforme explicado no relatório do NYT:

"A Devumi vende seguidores do Twitter e faz retweet para celebridades, empresas e qualquer pessoa que queira parecer mais popular. A empresa ofereceu aos clientes mais de 200 milhões de seguidores do Twitter. "

Devumi foi forçado a fechar logo após da exposição do NYT, mas a empresa gerou cerca de 15 milhões de dólares em receita.


Este caso poderia ser o primeiro passo para novas ações legais pelos mesmos motivos, usando o caso Devumi como precedente. De facto, logo após a descoberta inicial do procurador-geral de Nova York, o Facebook anunciou que estava a avançar com uma ação legal contra vários provedores que, segundo o Facebook, estavam a criar falso engagement nas redes sociais.


Em resumo, o caso estabelece um novo parâmetro para possíveis ações legais contra vendedores de interações falsas nos canais sociais, o que provavelmente impedirá muitos de correrem riscos no futuro. Para além dos EUA, o Facebook já estendeu o seu esforço para identificar vendedores originários da China.


No segundo caso, a popular marca de cuidados com a pele Sunday Riley aceitou um acordo com a FTC sobre alegações de que a empresa tinha falsificado comentários no site da Sephora para aumentar as suas vendas.


Conforme relatado pelo BuzzFeed News:

"A denúncia alega que num e-mail de julho de 2016, o CEO da Sunday Riley instruiu a sua equipa a criar três contas diferentes no site da Sephora usando identidades diferentes, e a usar VPNs para mascarar as suas identidades. Para fazer isso, terá dito aos funcionários para criarem nomes e cidades para essas personagens e configurarem contas de email falsas para cada uma ".

Os funcionários publicariam críticas positivas aos produtos da Sunday Riley e críticas negativas nos produtos concorrentes.


Como parte do acordo, a Sunday Riley não precisará de reembolsar nem mesmo admitir qualquer irregularidade, mas prometeu não adotar tais práticas no futuro. O que parece ser uma repreensão bastante leve, mas potencialmente, o dano à marca sofrido como resultado acabará por ter um impacto significativo.


Resumindo, estas práticas são fraudes, com o intuito de enganar os consumidores, e o facto de começarem a dar os primeiros passos na penalização de quem o faz é realmente um sinal positivo.


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